Divisão de comunicação tornou-se uma empresa independente fazendo marketing na Internet.
(Artigo escrito por Alexandre Barbosa para revista INTERNET BUSINESS No.51 Ano V)
Santo de casa não faz milagre. É preciso focar no core business e terceirizar tudo o que for acessório. Como uma clara exceção aos chavões do discurso corporativo contemporâneo a EverMedia (www.evermedia.com.br) está conquistando espaço elaborando estratégias de marketing e comunicação on-line e off-line no Brasil. Nada mau para uma empresa que nasceu para ser a divisão de comunicação da EverSystems, conhecida fornecedora de soluções de tecnologia para o mercado financeiro. Com previsão de faturar R$ 2 milhões até o final do ano, a agência promove e executa campanhas convencionais e digitais, desenvolve hotsites e ainda elabora peças convencionais para clientes como HSBC, Santander, e Safra, além de companhias como a Philips e o instituto de pesquisas Yankee Group, entre outros.
Embora boa parte dos trabalhos seja ligada a clientes da EverSystems, a EverMedia busca contratos próprios, não necessariamente ligados a tecnologia, como a recém-ganha conta da Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil. "Só começamos a crescer como os clientes independentes. Isso fez com que caminhássemos com nossas próprias pernas", explica o diretor de novos negócios da EverMedia, Alexandre Cezário de Campos.
Facilidade - Em 1999, o diretor de Marketing da EverSystems Brasil, Ari Barbosa, decidiu criar um departamento para gerenciar o relacionamento com a DPTO, agência de publicidade que atendia a companhia no país. Sua função seria a de facilitar a compreensão da agência sobre as idéias e necessidades de comunicação de uma empresa de TI.
"Inicialmente, resoveríamos os frequentes problemas de interface em projetos de comunicação da EverSystems e seus clientes", comenta Marcelo Sanchez, diretor de marketing. A dificuldade em realizar campanhas dentro das expectativas dos executivos levou à criação de uma agência interna. "Descobrimos que fazer as coisas dentro de casa era muito mais fácil e trazia melhores resultados". O departamento ajudava na elaboração de peças de marketing e no design das interfaces de programas da EverSystems para o mercado brasileiro. "Na ocasião, havia uma grande preocupação com a facilidade de uso e apresentação visual de páginas web e aplicativos na internet", esclaresce Cezário. Com o tempo, os profissionais aproveitaram a experiência e o domínio de novas tecnologias para alavancar contratos de comunicação, com o uso de mídia convencional em conjunto com ações na rede.
Prospecção - Além de desenvolver o desing de aplicativos, a EverMedia também trabalhava campanhas para outras companhias. "Como atuavamos em contato com empresas atendidas pela EverSystems, decidimos assumir mais trabalhos nesses contratos", lembra Cezário. "Em 2000, quando começamos a operar de forma independente, 80% dos trabalhos da agência eram feitos para clientes EverSystems", diz Sanchez. Com a ampliação da demanda, a divisão decidiu que sua missão seria planejar estratégias de mídia e comunicação que tivessem um "um pé no real e outro no digital".
Mas a agência sentiu uma séria restrição ao expandir sua base: a maioria dos clientes da empresa-mãe era formada por grandes corporações, já atendidas por agências importantes.
"Isso nos levou a oferecer serviços complementares, como webdesign ou na elaboração de CD-ROMs, além de prospectar demanda em outras áreas", diz Cezário. A estratégia mostrou-se correta e os resultados são eloquentes, pois o número de contratos oriundos da EverSystems caiu para 54% do total de contratos no primeiro semestre deste ano.
Criatividade - Apesar da crise no mercado pontocom, a EverMedia está em expansão, De R$ 1,4 milhão de faturamento no ano passado, a empresa estima chegar a R$ 2 milhões, até o final do ano.
Segundo o executivo, a organização é a chave do sucesso. Pro meio da gestão do pessoal de criação, a empresa orienta os projetos de acordo com o grau de importância dos serviços. "Para cada peça que devolvemos, sabemos o custo da tecnologia e dos Recursos Humanos que vamos empregar, e ao mesmo tempo damos mais atenção aos contratos de maior prioridade, tendo como foco uma operação enxuta". Mixar grandes campanhas com ações orientadas de baixo custo também pode gerar bons resultados. Prova disto foi a ação desenvolvida para a Philips, que usou a tecnologia Flash para estudar a viabilidade de um novo televisor. Com baixo orçamento e uma base de clientes conhecida, a ação teve um índice de resposta de 80%.
Concorrência - Um dos grandes trunfos da EverMedia é justamente a proximidade com a empresa-mãe. Aproveitando o domínio de novas tecnologias, a agência consegue ajustar a divulgação de forma complementar a ferramentes baseadas na Internet, como foi o caso da Philips. "Com a evolvução, as interfaces Web passaram a se integrar com as estruturas corporativas, sistemas de gestão ou de CRM (Custumer Relationship Management - relacionamento com o consumidor). Conseguimos entender tanto as soluções inovadoras como as necessidades de comunicação dos clientes". diz Alexandre Cezário de Campos.
Com uma equipe de 33 profissionais, seus grandes concorrentes são agências como Ogilvy Interactive, Tesla e Agência Click. "Embora não queiramos bater de frente, vamos competir de igual para igual no marketing digital", afirma Sanchez.
(Artigo escrito por Alexandre Barbosa para revista INTERNET BUSINESS No.51 Ano V)
Santo de casa não faz milagre. É preciso focar no core business e terceirizar tudo o que for acessório. Como uma clara exceção aos chavões do discurso corporativo contemporâneo a EverMedia (www.evermedia.com.br) está conquistando espaço elaborando estratégias de marketing e comunicação on-line e off-line no Brasil. Nada mau para uma empresa que nasceu para ser a divisão de comunicação da EverSystems, conhecida fornecedora de soluções de tecnologia para o mercado financeiro. Com previsão de faturar R$ 2 milhões até o final do ano, a agência promove e executa campanhas convencionais e digitais, desenvolve hotsites e ainda elabora peças convencionais para clientes como HSBC, Santander, e Safra, além de companhias como a Philips e o instituto de pesquisas Yankee Group, entre outros.
Embora boa parte dos trabalhos seja ligada a clientes da EverSystems, a EverMedia busca contratos próprios, não necessariamente ligados a tecnologia, como a recém-ganha conta da Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil. "Só começamos a crescer como os clientes independentes. Isso fez com que caminhássemos com nossas próprias pernas", explica o diretor de novos negócios da EverMedia, Alexandre Cezário de Campos.
Facilidade - Em 1999, o diretor de Marketing da EverSystems Brasil, Ari Barbosa, decidiu criar um departamento para gerenciar o relacionamento com a DPTO, agência de publicidade que atendia a companhia no país. Sua função seria a de facilitar a compreensão da agência sobre as idéias e necessidades de comunicação de uma empresa de TI.
"Inicialmente, resoveríamos os frequentes problemas de interface em projetos de comunicação da EverSystems e seus clientes", comenta Marcelo Sanchez, diretor de marketing. A dificuldade em realizar campanhas dentro das expectativas dos executivos levou à criação de uma agência interna. "Descobrimos que fazer as coisas dentro de casa era muito mais fácil e trazia melhores resultados". O departamento ajudava na elaboração de peças de marketing e no design das interfaces de programas da EverSystems para o mercado brasileiro. "Na ocasião, havia uma grande preocupação com a facilidade de uso e apresentação visual de páginas web e aplicativos na internet", esclaresce Cezário. Com o tempo, os profissionais aproveitaram a experiência e o domínio de novas tecnologias para alavancar contratos de comunicação, com o uso de mídia convencional em conjunto com ações na rede.
Prospecção - Além de desenvolver o desing de aplicativos, a EverMedia também trabalhava campanhas para outras companhias. "Como atuavamos em contato com empresas atendidas pela EverSystems, decidimos assumir mais trabalhos nesses contratos", lembra Cezário. "Em 2000, quando começamos a operar de forma independente, 80% dos trabalhos da agência eram feitos para clientes EverSystems", diz Sanchez. Com a ampliação da demanda, a divisão decidiu que sua missão seria planejar estratégias de mídia e comunicação que tivessem um "um pé no real e outro no digital".
Mas a agência sentiu uma séria restrição ao expandir sua base: a maioria dos clientes da empresa-mãe era formada por grandes corporações, já atendidas por agências importantes.
"Isso nos levou a oferecer serviços complementares, como webdesign ou na elaboração de CD-ROMs, além de prospectar demanda em outras áreas", diz Cezário. A estratégia mostrou-se correta e os resultados são eloquentes, pois o número de contratos oriundos da EverSystems caiu para 54% do total de contratos no primeiro semestre deste ano.
Criatividade - Apesar da crise no mercado pontocom, a EverMedia está em expansão, De R$ 1,4 milhão de faturamento no ano passado, a empresa estima chegar a R$ 2 milhões, até o final do ano.
Segundo o executivo, a organização é a chave do sucesso. Pro meio da gestão do pessoal de criação, a empresa orienta os projetos de acordo com o grau de importância dos serviços. "Para cada peça que devolvemos, sabemos o custo da tecnologia e dos Recursos Humanos que vamos empregar, e ao mesmo tempo damos mais atenção aos contratos de maior prioridade, tendo como foco uma operação enxuta". Mixar grandes campanhas com ações orientadas de baixo custo também pode gerar bons resultados. Prova disto foi a ação desenvolvida para a Philips, que usou a tecnologia Flash para estudar a viabilidade de um novo televisor. Com baixo orçamento e uma base de clientes conhecida, a ação teve um índice de resposta de 80%.
Concorrência - Um dos grandes trunfos da EverMedia é justamente a proximidade com a empresa-mãe. Aproveitando o domínio de novas tecnologias, a agência consegue ajustar a divulgação de forma complementar a ferramentes baseadas na Internet, como foi o caso da Philips. "Com a evolvução, as interfaces Web passaram a se integrar com as estruturas corporativas, sistemas de gestão ou de CRM (Custumer Relationship Management - relacionamento com o consumidor). Conseguimos entender tanto as soluções inovadoras como as necessidades de comunicação dos clientes". diz Alexandre Cezário de Campos.
Com uma equipe de 33 profissionais, seus grandes concorrentes são agências como Ogilvy Interactive, Tesla e Agência Click. "Embora não queiramos bater de frente, vamos competir de igual para igual no marketing digital", afirma Sanchez.